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Postado por Assembléia de Deus segunda-feira, 30 de novembro de 2009


As mulheres são mais ousadas... até na fé

Uma mulher sem maiores explicações de origem, com um problema hemorrágico e por este motivo, excluída da sociedade legalista, muito nos ensina sobre a verdadeira fé.

Havia doze anos que buscava a solução para o seu problema, muita busca e frustrações. Doze anos de enfraquecimento, alma dolorida, falta de apoio...

Quantas pessoas como essa mulher, sem encontrar um ancoradouro seguro para aportar suas dores, seus traumas, corações pesarosos e desiludidos.

O Talmud (um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo) apresenta onze formas de cura para a hemorragia. Como judia, essa mulher aplicou todas, sem sucesso. Gastou seus parcos recursos com os médicos. É interessante notar a simbologia envolvida aqui, o sangue é símbolo da vida, ela estava perdendo este sangue, veio a tocar no mestre, que verteu seu sangue no monte calvário... sua vida parecia esvair-se, mas com apenas um toque na orla do Mestre, ganhou vida, e vida com abundancia

É importante enxergar também, essa pobre mulher sendo desmembrada da comunidade, impedida pela Lei judaica de ter uma vida conjugal plena, esta mulher era uma “niddah” (impura) e proibida de ter relações sexuais.

Um mistério muito interessante ocorre aqui, mulheres com fluxo e sangue eram impuras e transferiam sua impureza a tudo que tocavam, ela tocou no Mestre, mas não o contaminou, ao contrário, foi purificada!

Ela ouvira falar de Jesus e das maravilhas que ele fazia – “a fé vem pelo ouvir” (Rm 10.17). Esta mensagem produziu nela uma fé que lhe conduziu a “ tocar tão somente em seu manto ficarei curada” (5.28).

No meio daquela multidão que apertava o Mestre, somente esta mulher movida por sua fé, tocou em suas vestes, somente ela recebeu dele virtude para ser curada.

Ela buscou-o em meio à multidão e tocou-o!

Ela creu na virtude desse homem e quiz ser curada do seu mal.

Foi um toque confiante. Foi um toque desesperado, de quem só tinha aquela chance... foi o verdadeiro toque da fé! Somente o Mestre, aos seus olhos, tinha poder para restaurar-lhe a saúde.

Não apenas a saúde física, mas recebeu dele vida abundante! Ela recebeu a cura física, pois ficou imediatamente livre do seu mal; emocional, pois o Amado Mestre não a desprezou, mas a chamou de filha e lhe disse: “Tende bom ânimo” (Mt 9.22), e a maior cura que ela poderia receber: a cura do espírito: “A tua fé te salvou” (5.34).

É impressionante essa narrativa pois vemos que uma multidão apertava Jesus, mas só essa mulher o toca! 

Quantos hoje apertam o Senhor? Templos lotados de curiosos, pessoas que buscam fama, riquezas, glórias, etc., mas a questão é: quantos realmente o tocam pela fé?

Veja que não foi o toque da superstição, mas da fé, um toque diferente, que alcançou virtude do Senhor.

O Justo por sua fé viverá (Hq 4.2). Por ela nós cremos, vivemos, permanecemos firmes, andamos e vencemos. Somente pela fé nós temos paz e entramos no descanso de Deus. Essa pobre - e ousada - mulher, por fim, me ensina o valor da humildade.

Ela vem sem alarde, toca o Mestre por trás, por entre as pernas da multidão, rastejando...

Quando nos humilhamos, Deus nos exalta!

As palavras que ela ouviu de Jesus após apresentar-se [e que coragem! Era impura, não poderia estar ali! Imagine a multidão afastando-se dela para não ficarem imundos] disse-lhe ele: “Vai-te em paz, e fica livre do teu mal” (5.34), são as mesmas que o amado Senhor nos diz hoje.

Somos muitos que, como esta mulher, desmembrados pelo pecado, vivemos uma busca incessante pela restauração física, emocional e espiritual; como essa mulher, sem nome, sem filiação, mas com tanta fé, ousadia e intrepidez, aprendemos que podemos ser curados, restaurados e recebidos por Cristo.

Podemos ir confiantes e livres do mal que nos tem assolado!

N’Ele, a fonte de todo poder,

Francisco A Barbosa [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ].

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