Natal: Festa pagã ou cristã?
Natal Tradição Cristã ou Festa Pagã?*Araripe Gurgel
Natal... nessa época do ano tudo muda, começa aparecer algo diferente principalmente no comércio indicando a chegada do dia do natal, o nascimento de Cristo.
Não encontramos na Bíblia nada que ordene como mandamento a comemoração do Natal, mas não há nenhum mal em comemorá-lo dentro da simplicidade e sem exageros. Não comemorar o dia, mas o fato em si, porque dia 25 de dezembro é só um dia imaginário.
Terá Jesus nascido mesmo no dia 25 de dezembro? Esse não é o dia certo do nascimento, essa data foi adotada pela Igreja Católica e seguida por muitas outras igrejas e a força disso tudo é o comércio.
Até mesmo por problemas climáticos na região de Belém e em todo o Israel, essa data não é real, mas sim imaginária ou baseada em lendas. O que importa, no natal, é comemorar o fato e não o dia. Para nós o importante é que Cristo nasceu em Belém da Judéia conforme as escrituras dos profetas de Deus.
Natal, época de reunir a família e comemorar o nascimento de Jesus. O Natal é um simbolismo do nascimento de Jesus Cristo. Alguns dizem que isto é um absurdo, que Jesus nunca disse para comemorar o aniversário dele.
Entretanto, podemos ver o Natal como um momento em que às pessoas pensam muito na família e há muita união. O que não pode é deixar que o simbolismo do Natal se perca virando compras, Papai Noel e comilança. Natal é o nascimento do Salvador.
As primeiras comunidades cristãs não comemoravam o nascimento de Jesus. Somente a partir do ano 350 o Natal começou a ser comemorado no dia 25 de dezembro. Em torno da escolha desta data há uma longa história.
Os Celtas, por exemplo, tratavam o Solstício do Inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverno ia chegar com longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até a próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro.
Seguiam-se 12 dias de festas, terminando no dia 6 de Janeiro. Em Roma, o Solstício do Inverno também era celebrado muitos séculos antes do nascimento de Jesus. Os Romanos o chamavam de Saturnálias (Férias de Inverno), em homenagem a Saturno, o Deus da Agricultura, que permitia o descanso da terra durante o inverno.
Em 274 o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra.
O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol. A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo.
O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição às festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável.
Outras curiosidades estão relacionadas com este dia 25 de dezembro. O calendário que adotamos hoje é uma forma recente de contar o tempo. Foi o Papa Gregório XIII que decretou o seu uso através da Bula Papal "Inter Gravissimus" assinada em 24 de fevereiro de 1582.
A proposta foi formulada por Aloysius Lilius, um físico napolitano, e aprovada no Concílio de Trento (1545/1563). Nesta ocasião foi corrigido um erro na contagem do tempo, desaparecendo onze dias do calendário. A decisão fez com que ao dia quatro de outubro de 1582 sucedesse imediatamente o dia 15 de outubro do mesmo ano. Os últimos a adotarem este calendário que usamos foram os russos em 1918.
O fato interessante desta correção é que o Solstício do Inverno foi deslocado para outra data. Dependendo do ano o início do inverno se dá entre o dia 21 e o dia 23 de dezembro.
A razão fundamental para a comemoração do Nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro se perdeu com essa mudança no calendário. Mesmo assim o Natal continuou a ser comemorado no dia 25 de dezembro.
Para nós, habitantes do Hemisfério Sul, há menos razões ainda para se comemorar o Natal no dia 25 de dezembro. Nesta data vivemos os primeiros dias do verão e não do inverno. Porém, herdamos as tradições cristãs que vieram do Hemisfério Norte.
Mesmo assim vale celebrar este ato de amor maravilhoso de Deus: Deus veio ao mundo e inaugurou uma nova vida entre nós. Este é o motivo da nossa festa.
Natal é a celebração do grande amor de Deus, o dia em que Deus nasceu no mundo, trazendo paz, luz, amor, esperança, uma nova aliança, uma nova vida. O Filho de Deus, Jesus de Nazaré, nasceu em Belém, como uma criança humilde e marginalizada e encontrou todos neste mundo, oferecendo-lhes a presença e a reconciliação de Deus. Em torno deste acontecimento há muitas decisões e tradições herdadas do passado.
Nos relatos bíblicos não encontramos nenhuma referência sobre a data do nascimento de Jesus. Naquela época os calendários eram muito confusos. Os antigos calendários romanos tinham, às vezes, semanas de quinze dias e meses de dez dias, de acordo com a vontade do Imperador reinante.
O povo em geral não conhecia as datas de nascimento, casamento ou falecimento. Não existem registros históricos a respeito de "Festas de Aniversário" na Antigüidade. Sobre o nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Ele nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano quatro antes de Cristo. Conforme estudos, o ano mais provável do nascimento de Jesus é sete ou seis antes da era cristã.
O cristão deve comemorar o Natal, primeiro fazendo uma grande reflexão.
- Como estou vivendo com este Jesus que nasceu um dia para depois morrer em meu lugar?
- Deve ser também, um momento de revitalização dos laços familiares.
- Principalmente deve ser o momento de reflexão sobre nossa condição diante de Deus. Se o homem é salvo ou não. Se a pessoa entregou a vida ou não a Jesus Cristo. Se o homem não tem ainda esta certeza, ele deve abrir seu coração para começar uma nova etapa com Jesus Cristo.
Como o cristão deve lidar com o simbolismo do Natal como árvore de Natal e Papai Noel?Tem gente que diz que árvore de natal é pagã. Entretanto, a decoração de Natal é o de menos, o mais importante é a essência do Natal. O Papai Noel é uma alegoria criada pelos homens, que não deve se tornar o centro das comemorações. O importante é o nascimento de Jesus.
O que ensinar para as crianças? Ensinar que o mais importante de tudo é que Jesus Cristo menino nasceu, viveu junto de seus pais, demonstrou amor a eles, teve fidelidade ao plano de Deus.
Ensinar que este menino cresceu, ensinou o caminho da felicidade, fez milagres, tem todo o poder, está vivo e um dia irá voltar para buscar aqueles que tiveram um encontro com Ele. As crianças têm que entender todo o enredo da história de Jesus e o Natal é uma época propicia para passar isto as crianças.
"Depois de 400 anos de silêncio, Deus começara a manifestar-se: os pastores foram visitados na vigília da noite, por anjos que lhes avisavam que nascera, para a humanidade, o Salvador. Essa foi a grande notícia: nascera o Salvador, agora tínhamos a quem chamar, por quem gritar. Esse Salvador é capaz de nos libertar de qualquer poder ou pecado que nos oprima. Esse Salvador só não nos salva daquilo que não queremos ser salvos. Os que se recusam a admitir a condição de pecadores que precisam de transformação, não poderão ser salvos pelo Salvador.
Depois de lhes anunciar o nascimento do Salvador, os anjos se retiram e deixam aos pastores a responsabilidade histórica, caberá a eles ir ou não ao encontro do Salvador, que os aguarda numa manjedoura. E é nesse lugar de humildade onde o Salvador espera por todos nós.
Entre um natal e outro somos todos desafiados a, de joelhos, encontrar o Salvador a partir da nossa confissão de pecadores e fracos que reconhecem sua profunda necessidade do Salvador que é Cristo o Senhor. Gente que reconheça que tem de fazer toda a vontade de Deus, uma vez que qualquer coisa fora da vontade de Deus é disfuncional e atenta contra a manutenção do Universo, mas que sabe que sem Cristo não poderá ser como Deus os deseja e nem fazer o que Deus quer. Entre um natal e outro, vivamos de encontrar o Salvador".
(Ariovaldo Ramos). Adaptado do texto- "Entre Um Natal e Outro" - Portal Missão Integral.
Como você comemora o natal? Comendo e bebendo em exagero? No pecado e na orgia? Natal simboliza bênção de Deus à raça humana, simboliza paz, alegria. É motivo para confraternização, ações de graças, adoração a Deus e não como é comemorado hoje pela maioria.
Jesus nasceu conforme as Escrituras. Glorifique a Deus nesse natal aceitando a Cristo como único e suficiente Salvador. Não há motivo para se comemorar o natal com bebidas, farras algazarra, exageros que deturpam o sentido do fato em si, mas deve ser comemorado com simplicidade, humildade e singeleza de coração.
Bibliografia
DOMATO, Hernâni - História do Calendário (ed. 1976).
HADAS, Moses et alii - Roma Imperial.
NERY, Isre 1 - 0 natal e seus símbolos, (ed. 1978).
ABRIL, Cultural - As grandes religiões, vol. 1, (ed. 1973).
BOWLE, John et alii - Pequena enciclopédia da história do mundo, vol. 1, (ed.1964).
DAVIS, John D. - "Cruz" in "Dicionário da Bíblia".
LAROUSSE Grande Enciclopédia, vol.8, "Natal"(ed. 1970).
DELTA UNIVERSAL Enciclopédia, vol. 10, "Natal" (ed. 1980).
BURNS, Edward McNall -História da civilização ocidental, vol. 1.
McKENZIE, John L. - Dicionário Bíblico, "Aserá" (ed. 1983).
HADAS, Moses et alii - Roma Imperial.
NERY, Isre 1 - 0 natal e seus símbolos, (ed. 1978).
ABRIL, Cultural - As grandes religiões, vol. 1, (ed. 1973).
BOWLE, John et alii - Pequena enciclopédia da história do mundo, vol. 1, (ed.1964).
DAVIS, John D. - "Cruz" in "Dicionário da Bíblia".
LAROUSSE Grande Enciclopédia, vol.8, "Natal"(ed. 1970).
DELTA UNIVERSAL Enciclopédia, vol. 10, "Natal" (ed. 1980).
BURNS, Edward McNall -História da civilização ocidental, vol. 1.
McKENZIE, John L. - Dicionário Bíblico, "Aserá" (ed. 1983).
